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Review #18: Kanye West - Graduation (2007) [Portuguese]

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Graduation - Kanye West
"Welcome to the good life!"

Detalhes do Álbum:

Nome/Músico: Kanye West
Nome/Álbum: Graduation
Lançado: 11 de Setembro de 2007
Gênero: Hip-hop/Pop
Duração: 58:12
Gravadora: Roc-A-Fella
Produtores: Brian Miller; DJ Toomp; Eric Hudson; Gee Robertson; Jon Brion; Mike Dean; Nottz; Patrick Reynolds; Warryn Campbell

Natural de Atlanta, o showman norte-americano Kanye West brilhou para o mundo em 2004, com seu álbum debutante The College Dropout, revestido por samples - os quais se tornaram sua marca registrada - e batidas hip-hop e rap. Em 2005 West lançou seu aclamado segundo de estúdio, Late Registration, em parceria com seu colega Jon Brion para logo em seguida, 2007, "graduar-se" promovendo seu terceiro, Graduation. É interessante observar como ele possui um admirável índice de aprovação entre o batalhão crítico, desde os mais conservadores e díspares - vide Pitchfork que comumente o vangloria - até os tematicamente adequados, vulgo "chapa branca." Sua popularidade e glória midiática são tamanhas nos EUA que ele chegou a ser indicado, ao todo em sua carreira, a 12 Grammys, além óbvio, do apelo expansivo do seu público. As letras de Kanye são bastante pessoais: ora irascíveis, ora egocêntricas, raramente contemplativas, mas usualmente repulsivas - porém honestas. A melodia é audivelmente conciliável, fato que o faz abranger grande gama no mercado fonográfico. Talvez Kanye tenha sido um dos principais responsáveis pela proliferação do hip-hop/rap no pop atual, mesclando o r'n'b com o eletrônico e fazendo disso algo mais deglutível, instantaneamente instigando jovens e adultos do mainstream presente. Essa técnica é mais facilmente observável nos seus materiais recentes, que voltaram-se com tenacidade aos sintetizadores e aos seus já mundialmente conhecidos samples. Não foi diferente em Graduation - aliás, foi precisamente a partir dele - que West vorazmente adentrou em definitivo no pop dos Estados Unidos. Kanye não é muito diferente a respeito do comportamento e as peculiaridades que genericamente toda celebridade gringa em ascensão demonstra: a passagem conflituosa da pobreza para a posterior fama; a aderência a outros mercados de vestimentas ou acessórios; a recorrente necessidade de provar a si mesmo que ele, antes de mais nada, precisa com obstinação estar no topo; e a espontânea vaidade que acresce em perpendicular volume à proporção que lida com a riqueza e a fama. Foi assim, refletindo sobre a mudança do seu estilo - e rotina - de vida, que lhe trouxe confusão, questionamentos intermináveis e uma inerente crise de identidade, que ele compôs seu terceiro projeto solo. Poderíamos arriscar que ele seria um The Fame menos liberal, petulante e torpe - e, principalmente, mais autoral e menos artístico que a estreia da Lady GaGa - mas ainda assim com auras compatíveis. Tanto é que quase planaram em turnê juntos, mas provavelmente desistiram ao ver que eram parecidos até demais…

West nos dá bom dia em Good Morning com uma pequena ajuda de Elton John e sua Someone Saved My Life Tonight. Nela, com um conciso e analítico rap, ele expressa alguns pensamentos sobre sua notoriedade e como sua vida sofreu alterações quando ele atingiu seu sucesso - o típico atrito entre seu modo de vida e costumes anteriores com o atual. "Tell me what it takes to be number one?", indaga o coro na ponte de Champion, em que West prossegue refletindo sobre sua receptividade e como sua imagem é vista por terceiros. Esta é uma das melhores e mais festivas do disco, dando realmente a ideia de celebração, novamente com um pequeno surpote melódico agora de Steely Dan. Com o Daft Punk ao seu lado e a clássica Harder, Better, Faster, Stronger, Stronger mostra o lado mais iradamente afetuoso de Kanye e alguns dos seus conselhos e observações referente a uma suposta garota que o acompanha. Segundo ele, fazer daquele relacionamento algo melhor e dinâmico, visando a fortificação. Aqui dá pra perceber toda sua ânsia pelos extremos, desejando os quatro atributos - mais rígido, melhor, mais rápido e mais forte - em pleno ápice; de fato ele quer alcançar as estrelas, independente do que houver na sua frente - alguém escutou ganância ecoar em algum lugar? A disposição harmônica e os versos na encantadora I Wonder são louváveis, juntamente com um narrador que tenta convencer alguém a lutar pelos seus sonhos e prosseguir no caminho desejado, aconselhando desconsiderar qualquer desistência e, mediante qualquer imprevisto, manter a cabeça erguida. Pouco presunçoso, West afirma que ele nasceu para brilhar em Good Life, onde se rende ao mundo da fama, degustando sem pudor das oportunidades e recursos que a própria oferece a alguém que a atinge. Paralelamente, ele compara sua antiga vida socialmente desfavorecida, em que a desmoralização e dispensa eram frequentes, com o inesperado estimo que ele obteve quando famoso, segundo suas próprias palavras, com outras pessoas além da sua mãe, o chamando de querido. Na excelente Can't Tell Me Nothing, ele compartilha o vocal com localizados acompanhamentos nasais da sensual australiana Connie Mitchell e os gritos de fundo de Young Jeezy. Nesta última, Kanye diz que é difícil não se afobar diante de todos os acontecimentos desconcertantes que ele já presenciou e que, mesmo sabendo que constantemente age errado, ele diz para o interlocutor não argumentar nada acerca dos atos indigentes que ele já cometeu, pois possivelmente não tem índole alguma para tal.

Os momentos menos pop chegam na displicente Barry Bonds e na esquecível Drunk and Hot Girls: a primeira juntamente com Lil Wayne, e a segunda, com Mos Def. De certo são instantes mais ousados e experimentais, porém a falha em impelir é iminente. A retomada ao bom som ocorre em seguida, com Flashing Lights, talvez a melhor faixa do álbum. Mais uma vez com Mitchell - delegada aos "flashing light's" em determinados trechos - West e Dwele agora, em mais uma de suas "românticas," fala sobre como lidar com a sua vida e suas paixões em um mundo adverso e artificial, em que "ela não acredita mais em estrela cadente, mas sim em sapatos e carros." O instrumental orquestral de fundo é esplêndido - confesso que é talvez minha faixa favorita de 2007. "Now everything I'm not, made me everything I am", diz ele, em Everything I Am - surpreso pelo estigma arrogante que no geral ele ostenta na mídia. A linda The Glory exibe West dizendo que não tem mais paciência para pensar nas coisas e que sua fúria o levará à glória! Em outras palavras, nosso querido heroi das ruas não quer refletir sobre mais nada, mas sim deixar seus instintos o levarem pra onde quer que seja - e não é que ele está certo? É correr pro abraço! Em Homecoming, Chris Martin aparece, complementando uma bela balada rap em piano, exercendo a trilha sonora de uma história em que o narrador centra-se em voltar para onde ele nasceu e cresceu, relembrando seu passado e sendo enlaçado por nostalgia.

Um dos elementos mais marcantes das composições e até mesmo da entonação vocálica do Kanye West, caso não tenham percebido, é a intensa truculência com a qual ele disserta algumas palavras ou interpreta certo evento. Dificilmente se percebe algo sumariamente lúdico nos seus materiais - ainda que lúdico, retêm melancolia ou rancor. Sua seriedade, a meu ver, vem muito da repreesão que rappers estritamente desenvolvem, seja em virtude da infância ou adolescência flamejante, ou o desprezo com o qual o próprio gênero ainda é concebido entre as elites. West finaliza sua graduação com Big Brother, uma canção de louvor ao companheirismo e amizade. Com a diversificada incrementação pop dos samples, era de se esperar que Graduation fosse sem dúvidas o álbum mais amplo do Kanye. Ainda é difícil aceitar muitas de suas conclusões líricas, considerando o quão às vezes descuidosamente emotivas são. Para West, Kanye West está acima de tudo, e ele sempre estará pronto pra qualquer desafio, pois ele acredita mais que o suficiente em si mesmo - ainda que, na realidade, não seja exatamente assim. Mas como costumam dizer: nós somos o que pensamos. A invulnerabilidade e a hostilidade são apenas alguns dos itens que formam a personalidade desse rapaz, que executou vultoso tumulto no pop norte-americano. Resta saber até onde sua preponderância o levará - ou o arruinará.

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Melhor Trecho:

"I know that people wouldn't usually rap this
But I got the facts to back this
Just last year, Chicago had over 600 caskets
Man, killing's some wack shit
Oh, I forgot, 'cept for when niggas is rappin'
Do you know what it feel like when people is passin'?
He got changed over his chains, a block off Ashland
I need to talk to somebody, pastor
The church want time, so I can't afford to pay
The slip on the door, cause I can't afford to stay
My 15 seconds up, but I got more to say
That's enough Mr. West, please no more today"

Everything I Am

Considerações Finais:

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Nota do Álbum: 4.0/5.0
Escolhas do Álbum: Stronger; Good Life; Flashing Lights; Homecoming

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